5 minutos de Segurança – A facada em Bolsonaro



Não é de hoje que Líderes políticos usam segurança pessoal e militares especialmente treinados para proteção. Um dos primeiros exemplos bem documentados é o Cohors Praetoria, guarda pessoal dos generais romanos no século II AC. Outros grupos na história incluem A Guarda da Rainha, os Samurais no Japão, os Cavaleiros Medievais, os Housecarls da Escandinávia e a Guarda Suíça do Vaticano.

A história moderna da proteção executiva começa com a formação do Serviço Secreto dos Estados Unidos em 1865. Originalmente estabelecido para investigar falsificações da moeda Americana, o Serviço Secreto só assumiu a proteção presidencial em 1894.

Já no meio corporativo, a proteção executiva chegou como inovação na metade do século XX, após a criação de departamentos de segurança dentro das empresas, que buscavam naturalmente a proteção de seus principais executivos.

A demanda por estes serviços cresceu depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a guerra Americana subsequente, juros elevados e a nova atenção terrorista para “alvos fáceis” ou pessoas que não recebem proteção governamental de alto nível, mas que desempenham papel importante nos assuntos internacionais e na economia mundial.

A segurança pessoal é uma especialidade de segurança privada relativamente nova, e não é objeto de estudo formal conhecido. Não é um campo que se presta a ensaios clínicos, testes por engenheiros ou experimentos. Além disso, não é praticada em escala suficiente para fornecer pesquisa estatisticamente significativa. Os estudos também são inibidos, já que as pessoas que recebem proteção executiva geralmente não divulgam seus planos de segurança. Na verdade, o sigilo é muitas vezes, uma condição das apólices de seguro contra sequestros e resgates. 

Teremos como base uma pesquisa realizada pelo Serviço Secreto Americano, onde se examinou o pensamento e comportamento de 83 acusados de atacar ou quase atacar autoridades e figuras públicas nos Estados Unidos nos últimos 50 anos. Percebeu-se uma combinação de motivos para os ataques: 

  • Salvar o país ou o mundo;
  • Trazer mudanças políticas;
  • Desejo de ser morto durante o ataque;
  • Intenção de ser preso e afastado da sociedade;
  • Chamar a atenção para problema pessoal ou público;
  • Alcançar notoriedade ou fama;
  • Vingar erro percebido;
  • Acabar com a dor pessoal;
  • Desenvolver relacionamento especial com o alvo;
  • Fazer dinheiro. 

· Raramente uma doença mental tem papel fundamental nos comportamentos de assassinato ou tentativa. Estes ataques são ações de pessoas que vêem o assassinato como uma maneira de alcançar seus objetivos ou resolver problemas, o que requer pensamento bastante racional. Embora nenhum dos que realizaram ataques ou a grande maioria dos assassinos fosse um modelo de bem-estar emocional, poucos sofriam de doenças mentais sérias; 

· Os que apresentam perigo real geralmente não avisam, e ainda evitam ameaças diretas; 

· Alguns que ameaçam podem representar uma ameaça real, porém eles geralmente não seguem com a agressão; 

· O Interesse impróprio ou incomum (stalker), em uma autoridade ou pessoa, aumenta a probabilidade da ameaça. Isto por si só não é motivo de alarme, mas se incluir visitas à casa, escritório da vítima ou tentativas de abordar o alvo em um local público, o caso passa a ser mais sério; 

· Nenhum dos 83 casos da pesquisa fez ameaça direta aos seus alvos antes de seus ataques. Isto não significa ignorar ameaças, e sim ter atenção especial à identificação, investigação e avaliação de qualquer comportamento que represente ameaça de violência, mesmo que o indivíduo não ameace diretamente o alvo ou comunique sua intenções às autoridades.

Fonte: Protection of Assets(POA), Security Management book, Chapter 9 - Executive Protection in the Corporate Environment - ASIS International, 2012



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