Não é de hoje que Líderes
políticos usam segurança pessoal e militares especialmente treinados para
proteção. Um dos primeiros exemplos bem documentados é o Cohors Praetoria, guarda pessoal dos generais romanos no
século II AC. Outros grupos na história incluem A Guarda da Rainha, os Samurais no Japão, os Cavaleiros
Medievais, os Housecarls da Escandinávia e a Guarda Suíça do Vaticano.
A história moderna da proteção
executiva começa com a formação do Serviço Secreto dos Estados Unidos em 1865.
Originalmente estabelecido para investigar falsificações da moeda Americana, o
Serviço Secreto só assumiu a proteção presidencial em 1894.
Já no meio corporativo, a
proteção executiva chegou como inovação na metade do século XX, após a criação
de departamentos de segurança dentro das empresas, que buscavam naturalmente a
proteção de seus principais executivos.
A demanda por estes serviços
cresceu depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a guerra
Americana subsequente, juros elevados e a nova atenção terrorista para “alvos
fáceis” ou pessoas que não recebem proteção governamental de alto nível, mas
que desempenham papel importante nos assuntos internacionais e na economia
mundial.
A segurança pessoal é uma especialidade
de segurança privada relativamente nova, e não é objeto de estudo formal
conhecido. Não é um campo que se presta a ensaios clínicos, testes por
engenheiros ou experimentos. Além disso, não é praticada em escala suficiente
para fornecer pesquisa estatisticamente significativa. Os estudos também são
inibidos, já que as pessoas que recebem proteção executiva geralmente não
divulgam seus planos de segurança. Na verdade, o sigilo é muitas vezes, uma
condição das apólices de seguro contra sequestros e resgates.
Teremos como base uma pesquisa
realizada pelo Serviço Secreto Americano, onde se examinou o pensamento e
comportamento de 83 acusados de atacar ou quase atacar autoridades e figuras
públicas nos Estados Unidos nos últimos 50 anos. Percebeu-se uma combinação de motivos para os ataques:
- Salvar o país ou o mundo;
- Trazer mudanças políticas;
- Desejo de ser morto durante o ataque;
- Intenção de ser preso e afastado da sociedade;
- Chamar a atenção para problema pessoal ou público;
- Alcançar notoriedade ou fama;
- Vingar erro percebido;
- Acabar com a dor pessoal;
- Desenvolver relacionamento especial com o alvo;
- Fazer dinheiro.
· Raramente uma doença mental tem papel fundamental nos
comportamentos de assassinato ou tentativa. Estes ataques são ações de pessoas
que vêem o assassinato como uma maneira de alcançar seus objetivos ou resolver
problemas, o que requer pensamento bastante racional. Embora nenhum dos que
realizaram ataques ou a grande maioria dos assassinos fosse um modelo de
bem-estar emocional, poucos sofriam de doenças mentais sérias;
· Os que
apresentam perigo real geralmente não avisam, e ainda evitam ameaças diretas;
· Alguns
que ameaçam podem representar uma ameaça real, porém eles geralmente não seguem
com a agressão;
· O
Interesse impróprio ou incomum (stalker), em uma autoridade ou pessoa, aumenta a
probabilidade da ameaça. Isto por si só não é motivo de alarme, mas se incluir
visitas à casa, escritório da vítima ou tentativas de abordar o alvo em um
local público, o caso passa a ser mais sério;
· Nenhum
dos 83 casos da pesquisa fez ameaça direta aos seus alvos antes de seus
ataques. Isto não significa ignorar ameaças, e sim ter atenção especial à
identificação, investigação e avaliação de qualquer comportamento que
represente ameaça de violência, mesmo que o indivíduo não ameace diretamente o
alvo ou comunique sua intenções às autoridades.
Fonte: Protection of Assets(POA), Security Management book, Chapter 9 - Executive Protection in the Corporate Environment - ASIS International, 2012
Marcadores: 5 minutos de Segurança
0 comentários:
Postar um comentário