Como eliminar acidentes causados por distração?
... ao fazer uma curva, o celular escorrega do
painel do veículo e cai no assoalho do carro. O Motorista tenta alcançar o
aparelho, com o veículo ainda em movimento. A pequena distração termina em
colisão...
O Governo Americano registrou a preseça da
distração ao volante em 52% das atividades de condução, ferindo por volta de
390.000 e matando 3.477 pessoas em 2015.
Mesmo com veículos mais seguros, em 2016 as mortes
totais no trânsito dos Americanos chegaram a 40.000. Por lá os acidentes
automobilísticos são uma das principais causas de acidentes fatais de trabalho.
Um Motorista distraído é sintoma de um problema de
todos!
Hábitos inseguros necessitam de resposta
apropriada, Políticas e Procedimentos, treinamento, monitoramento e foco na
cultura da condução segura.
Provavelmente você imaginou alguém com uma mão no
volante e a outra no celular... só que a condução distraída é qualquer
situação em que o motorista não esteja atento à operação do veículo.
Em geral, a distração se apresenta em três formas:
- Manuais - Mãos fora do volante;
- Visuais - Olhos desviados da estrada;
- Cognitivas - Pensamento distante da tarefa
de dirigir.
Por exemplo, voltar-se para falar com alguém no
banco de trás é uma distração visual e cognitiva. A atenção do motorista está
na conversa e os olhos dele estão desviados da estrada.
Já as Distrações digitais são
particularmente danosas porque combinam todas as formas de distração
(Mãos, olhos e atenção do motorista direcionados ao celular ou GPS, por
exemplo).
Um exemplo de distração é se preocupar com um carro
ou motocicleta te seguindo, e você então focar no espelho retrovisor. Se for à
noite, a fadiga será um agravante na possibilidade de colisões.
Sabemos que a segurança é a principal preocupação,
já que a condução insegura ameaça você e outros motoristas, porém outro
resultado não pode ser menosprezado: A consequência financeira.
O seguro pode cobrir danos corporais e de veículos,
mas e os gastos por ficar sem o veículo por semanas? Produtividade perdida?
Franquia? Tempo em processos por acidente de trabalho? Contração de um novo
funcionário? Apólices de Seguros mais elevadas nos anos seguintes?
Digamos que um funcionário distraído cause um
acidente e um terceiro venha a falecer. A família poderia processar a Empresa
por negligência. E nem falamos sobre a perda da confiança dos clientes,
dependendo da área de atuação (Transporte ou Segurança, por exemplo).
O que as Empresas podem fazer?
Além de ser necessário entender as consequências
e as causas da condução distraída, deve-se criar uma cultura de direção
segura:
- “Não contrate o problema”. Pode-se evitar
acidentes com base no histórico de direção;
- Testes de estrada aos novos motoristas, para
avaliar os principais comportamentos de condução do candidato (Uso do cinto de
segurança, sinalização e estacionamento);
- "Se não tivéssemos seguro, eu contrataria
esta pessoa?". Se a resposta for não...
- Possuir políticas com proibições claras sobre
distrações específicas (Mensagens de texto, comer, fumar), além de ações
alternativas, como estacionar de maneira segura para atender uma ligação
telefônica;
- Estabelecer consequências e medidas
disciplinares, bem como agravamentos por reincidências;
- Criar cultura de segurança. Todos devem
praticar!
- Reavaliar os motoristas. Testes de estrada duas
vezes por ano;
- Sistemas de rastreamento de veículos apresentam
tanto a localização quanto os excessos de velocidade ou freadas bruscas;
- Tecnologias de bloqueios de uso de celulares ou
GPS enquanto o veículo está em movimento são benvindas;
- Mantenha a manutenção dos veículos em dia. Os
próprios Motoristas podem relatar problemas ou alertar sobre datas de revisão.
Isto pode ser a melhor defesa da Empresa contra acusações de negligência após
um acidente;
Fonte & Matéria Completa: Stopping distracted driving, Tory Brownyard, President of Brownyard Group, Security Management - Apr 2018