A honestidade ou desonestidade dos empregados dependerá da maneira como a Empresa se porta, e mais... se o Gestor pede para um funcionário fraudar, não será surpresa quando o empregado furtar.
O
furto é o último sinal de desrespeito do empregado, e isto geralmente se mostra
em comportamentos anteriores, pois quem furta provavelmente já se envolveu em
desvios de conduta.
O
furto cometido por funcionário é muito mais caro do que o valor dos bens
furtados, bem como o ladrão interno é mais prejudicial do que o de fora da
organização, pois o funcionário viola a confiança.
Um
ladrão aprende a mentir antes mesmo de aprender a furtar. Aliás, o funcionário que furta NUNCA
é um “bom empregado”. Independentemente da carga de trabalho.
A
ética do funcionário modera a tentação de
furtar, porém quase todo empregado que furta racionaliza a desonestidade. Sem este mecanismo a maioria dos
funcionários não furtaria.
Funcionário
ladrão acha que os demais furtam mais do que ele, independente do valor
desviado. Além disto, ele não se considera desonesto. Para ele, de alguma forma, o patrão é o
responsável.
Aplique
a Tolerância Zero, por menor que
seja o valor furtado. O furto é como um câncer: Se não for tratado, cresce e se
espalha.
Lembre-se: Ninguém é pego na
primeira vez.
Para
o furto ocorrer temos dois elementos críticos: a necessidade e a oportunidade. Não se engane: A necessidade
depende do ponto de vista de cada um.
Sabe
aquilo que chamam de Sexto Sentido? Confie no seu. O empregado mais próximo do
furto é geralmente o que cometeu. Tenha cuidado com aquele que descobriu. Se a
explicação não for boa, desconfie. Quando muitos suspeitam de alguém,
geralmente existe uma boa razão.
Quem nega a culpa, mas quer
devolver o valor, é culpado.
Quem se desculpa geralmente é porque foi apanhado, assim como o ladrão aprecia
uma segunda chance... para poder furtar novamente. E tem mais, quem sabe do
furto e não denuncia é tão ruim quanto o ladrão.
Curiosamente
as Empresas são mais ansiosas em detectar o furto/fraude ocorrida do que
previnir, mesmo sendo muito mais barato evitar o problema.
Com
uma melhor gestão, praticamente todos os furtos ou fraudes podem ser evitados,
porém fracassa a Empresa que racionaliza ou nega a necessidade de controles. Entenda que tudo que a Empresa possue pode ser furtado.
Quer
previnir furtos e fraudes? Não contrate
ladrões. Investigue o histórico do candidato. Se ele furtou no emprego
anterior, é razoável acreditar que ele furtará novamente.
Não
existe solução mágica. Pratique a
vigilância constante e diversificada. Divida as atribuições. Um assina,
outro paga.
Inclua
na Descrição de Cargos de TODOS os funcionários a responsabilidade na proteção
dos ativos. A Segurança é
responsabilidade de todos.
Sobre
punições, cada caso é um caso. Busque a solução mais justa e inteligente.
Entenda que o efeito dissuasivo de uma punição é muito menor do que você
imagina.
Não
acredite que a Justiça protegerá seus bens, investigará o furto ou apanhará o
culpado. Você sabe o que é um buraco negro? É só entregar seu caso de furto ou
fraude ao Tribunal de uma Metrópole que você passará a entender.
Se
a única punição do empregado for a demissão, o produto do furto será um prêmio.
O empregado com remorso hoje, será o rancoroso amanhã. Busque sempre a demissão, o processo legal e a restituição do
valor furtado.
Se
o funcionário desonesto pedir demissão, aceite e evite o desejo de ser vingativo, e tenha em mente que quanto mais
difícil o processo de restituição pelo furto, melhor alvo a Empresa se torna.