Idade – 14 anos

Fausto
Tinha um amigo meu que imitava derrapada de carro com a boca e eu achava aquilo o máximo, então passei a tentar reproduzir o mesmo som enquanto andava pelas ruas do Centro de São Paulo. Naquela época eu era Office-boy. Isto mesmo, naquele emprego que comentei há alguns posts atrás (Ver post Moscou - 1987).

Acontece que jamais tive êxito em minhas tentativas, por outro lado e por acaso, consegui produzir um som diferente do dele e que após alguns anos de treinamento possibilitou-me não só reproduzir as tão desejadas derrapadas de carro com tamanha perfeição quanto criar alguns outros sons.

Moscou
Este assovio fez sucesso no Colégio, Faculdade, Pós-Graduação, trabalhos por onde passei e happy hours que freqüentei, se tornando uma espécie de marca registrada “Moscou” e que aparentemente os amigos adoram. Sempre que reunimos turmas antigas, de mais de 5, 10 ou 20 anos, sou convocado a imitar a tal derrapada, turbo de carro ou caminhão, freada de ônibus, maquininha de dentista ou até mesmo os sons do antigo personagem Robocop.

Sou um cara que gosta de vídeos pessoais e curiosamente não possuo e nem me recordo de ter sido filmado em uma das minhas “performances”, porém há alguns dias esta história mudou... O pessoal do trabalho filmou um pouquinho das brincadeiras. Não ficou muito bom e nem tem tanto material como eu gostaria, mas serviu para eu perceber que estas brincadeiras que faço merecem registro. Percebi que o único registro que tenho foram fotos tiradas em um churrasco que fizemos no Sítio do Zinha em 1993. Foi a "performance" do motorista do busão. Foi completa e contou até com passageiros, representados por alguns tenentes bêbados.

Em breve, farei um vídeo das brincadeiras que costumo fazer com o pessoal e que fazem sucesso com os amigos, só espero que seja em uma situação expontânea, pq ficará mais legal.

Happy hour - out10


Thanks: Cintia e Patrícia

Abraço

Mata a véia

Toninho & Ivete
Minha esposa é natural da cidade de São Carlos – SP e, lógico, a família dela é de lá. Nos tempos de namoro nos víamos apenas de fim de semana, as vezes ela vinha para São Paulo e eu costumava viajar bastante para São Carlos. Num fim de semana destes meu sogro resolveu quebrar o pau com minha sogra. Não que isto era fato incomum, pelo contrário, eles brigavam bastante, porém aquela peleja se mostrou muito diferente das demais.

Eu era Tenente do Exército e naquele tempo gostava de andar armado, porém nos primeiros meses poucos sabiam desta condição e meu sogro era uma destas pessoas. Eu achava que não deveria freqüentar a casa do homem sem que ele soubesse daquela condição existente; justo.
Minha mochila de viagem ficava guardada no quarto em que dormíamos e, como todo bom militar, eu procurava deixar a arma descarregada escondida dentro da bolsa, e a munição eu colocava em outra parte da bolsa para evitar os tão noticiados acidentes envolvendo armamento.
– Nossa! Ele escondeu dentro de uma bolsa! Quanta segurança!
Acontece que somente minha noiva e meu sogro sabiam da existência do armamento e além do mais, quem iria mexer nas minhas coisas? Aprendi da pior maneira.
Voltando à briga... estou na sala assistindo um filme (Novidade!) com minha sogra sentada ao meu lado no sofá. Meu sogro estava na cozinha, que não era tão longe assim, e ambos gritando um com o outro. O pau tava comendo solto. Não me recordo o nível da baixaria já que, além de ser uma coisa meio que comum entre eles, eu não dava a mínima para aquela situação. O curioso é que apesar de não me recordar que filme estava assistindo (pena!), tenho a impressão que estava muito bom.
Meu sogro de vez em quando vinha até a porta da sala e, como estava cozinhando, uma hora xingava com um pano de prato na mão, outra com uma cenoura, e às vezes com uma faca de manteiga, mas em determinado momento ele apareceu chacoalhando algo diferente de tudo que utilizara em todas as discussões anteriores...
- Qualquer hora eu faço uma besteira com isto aqui!
Eu estava tão entretido com a seção de cinema que demorei pra perceber que ele empunhava meu revolver Rossi calibre 38. Era uma arma muito pequena, potente, duas polegadas, cinco tiros, com munição jaquetada, e que eu costumava usar no coldre de tornozelo. Pra se ter uma idéia, certa vez fui a um rodeio e a segurança do local, mesmo me revistando, não encontrou a arma. Amadores.

Segue...
Sabe quando vc olha uma situação, ignora, e depois volta a olhar assustado? Então, foi deste jeito que eu reagi àquela cena. Rapidamente levantei-me do sofá e fui em direção ao meu sogro. Não como naqueles filmes em que o cara vai todo cheio de jeito para não ser alvejado, mas como um pai que vai pra cima do seu filho pra tirar algo da mão dele antes que faça besteira.
- Porra, sogro! Tá de sacanagem? – e tomando a arma da mão dele com relativa ignorância continuei...
– Sou Tenente do Exército, se vc fizer merda com isto aki eu tô fudido pela vida inteira!
Enquanto seus outros filhos e minha noiva comiam o toco do véio, eu fui até a cozinha e retornei...
- Tó... – entregando na mão dele a maior faca que encontrei na gaveta...
- Mata a véia com isto!
Abraço

Os três mosqueteiros



3 corinthianos bem diferentes dos da história: Moscou, Sidnei e Fausto
e ao fundo está o 4º mosqueteiro... Mané! Procure que vc acha...
Em um domingo qualquer, centro de São Paulo, Vale do Anhangabaú, terminal de ônibus localizado abaixo do viaduto Santa Ifigênia.

Enquanto eu aguardava a chegada do coletivo, soube que o Corinthians havia perdido para o São Paulo.

Eu acabara de chegar de viagem e esta informação veio através dos tristes comentários de três corintianos que esperavam a mesma condução com destino à Zona Norte.

Aqueles eram torcedores emblemáticos. Sabe aquela imagem de corintiano que todos nós temos: cara de bandido, dialeto específico, vocabulário chulo, camisa velha e apenas alguns dentes na boca? Então, os três eram assim. Daqueles que aparecem nos documentários sobre torcedores fanáticos invadindo o campo ou chorando. Aliás, do tipo que aparece no Datena... preso e escondendo a cara.

Lembro que a torcida do São Paulo tb utilizava o Vale do Anhangabaú como parte do trajeto a pé, porém do outro lado, perto do metro São Bento, a uns 50 metros de distância donde nos encontrávamos. Naquele final de tarde posso dizer que eles eram muitos e que estavam “bem alegrinhos”... rsrsrsr

Parece mentira, mas os três banguelas começaram a xingar aquela pequena população de São Paulinos e não demorou muito para uns 50 deles se juntarem e começar uma aproximação em direção aos três patetas. E eu ali... já tentando lembrar a escalação do São Paulo, os títulos, torcedor símbolo, para tentar me safar em caso de abordagem.

Que vergonha! Naquele momento eu fui um corintiano de merda! Pudera... o negócio tava muito feio pro lado dos caras.

Quando o caldo começou a engrossar e os São Paulinos já esboçavam um ataque, um dos maloqueiros comentou:

- Agora a casa caiu! Tamú fudido!

Este comentário apontava que a partir daí eles ficariam quietos e os São Paulinos poderiam deixar a briga de lado. Quanta inocência. Imediatamente outro dos banguelas emendou:

- Foda-se! O Timão perdeu e noís vamú detoná estes bambis!

E o outro...


- Fudeu, fudeu... Foda-se, foda-se!.

Meu Deus. Os três doidos, sozinhos, começaram a avançar em direção à turba como se fossem bater em todo mundo... e a torcida passou a gritar “Uh, vai morrer! Uh, vai morrer!”.


E iam mesmo.

Incrível. Não sei como, mas apareceram uns 10 corintianos que estavam distribuídos nos outros pontos de ônibus e, mesmo em numero visivelmente menor, aquele Bando de Loucos foi “pra cima” (úi) dos São Paulinos. Saliento que os apoiadores não estavam juntos, e sim espalhados pelos outros pontos de ônibus do local. Percebia-se que eles não se conheciam.

Após alguns minutos de correria os três caras retornaram e acreditem, traziam faixas e camisas tomadas dos torcedores São Paulinos, além de algumas histórias pra lá de cabeludas.

No Exército aprendi que um assalto (ataque) deve ser feito sempre de 03 contra 01, porém aqueles três malucos provaram que nem sempre tem que ser assim.

A viagem de retorno, mesmo com a derrota do Timão, foi em um tom só: Batucada no busão e os três mosqueteiros encabeçando a bagunça.

Vc acha que eles pagaram a condução?

Abraço

Vida de casado

Minha mulher disse que só tem "óleos" pra mim... é mole?


Abraço

O velório

Vó Adélia
Minha família tem a mania de contar piadas durante nossos velórios, mas tudo por debaixo do pano. Sei lá, tem gente que não gosta... tipo os filhos do morto, etc. Por outro lado somos muito emotivos. Da mesma forma que contamos piadas até sobre os falecidos, nos desmanchamos em lágrimas quando o caixão se fecha. Lembro que nem mesmo o velório da minha avó passou em branco. Naquela época o celular era uma tecnologia nova e cara e apenas um dos presentes possuía equipamento tão necessário naquele momento. É assim que surge na história nosso amigo Marcos, dono do tão desejado celular e que, apesar de não fazer parte da família, "prestigiava" o velório. Lembro que ele não havia carregado totalmente a bateria do aparelho e as diversas chamadas, relativas à ocasião, estavam consumindo a bateria rapidamente. Por sorte, ele carregava consigo o tal carregador e naquele momento precisávamos que o aparelho fosse carregado nas proximidades do local em que minha avó era velada para que os parentes pudessem atender as ligações e orientar seus entes queridos sobre detalhes do velório (Local, horário do enterro, etc.). Ocorre que dentro da sala existia apenas 01 tomada e... bem ao lado do caixão. Até aí nada demais, né?

Pelo contrário, o celular em determinado momento e, como já era esperado, tocou. A situação foi estranha para todos, pois poucos estavam acostumados com um celular tocando, ainda mais vindo da lateral de um caixão.

Marcos estava fora da sala e demorou a atender... Neste momento meu primo, Marcello, se aproximou de mim e, rápido como uma cobra, espetou...

- Pô, o Marcos não se liga... Atende logo o celular se não vai acordar a vó!

E dizem que eu sou o FDP da família!

Marcos
Abraço

Moscou - 1987

Se liga no vídeo raridade que eu consegui resgatar de uns VHS’s perdidos. É negada... eu andava de skate. Meu negócio mesmo era ladeira, nisto eu era fera, mas neste vídeo dá pra ter uma ideia de como eu conhecia um pouco do assunto.  De quebra tem umas manobras do companheiro Fausto e até um princípio de video cassetada.
Logo no início, prestem atenção na minha mammy no portão, de guarda, verificando se não vinham carros enquanto "o tesouro" dela descia o corredor. Mãe é mãe. Linda!
Agradecimentos eternos para meu vizinho, Sr. Ryuji Inagaki, que além de me contratar para trabalhar em sua empresa quando eu ainda contava com apenas 14 anos, emprestava a filmadora pra que pudessemos registrar estes momentos.


Manobra: Rock Slide

Abraço

Pista de Progressão - 1995

Por favor desconsiderem alguns militares com os calcanhares levantados durante o rastejo, tendo em vista serem recrutas... e sobre a dificuldade de passar pela gaiola... é que as barras estavam lambuzadas de barro, o que dificultou demais a transposição do obstáculo.


Toca da Raposa
Abraço

Osso duro de roer


Moscou & Paulinho Mãos de Madeira
Um amigo meu, Paulinho, estava dando uns pegas de leve com a namorada no sofá da casa dela. Nada demais. No mesmo ambiente brincava a pequenina sobrinha de sua namorada e na cozinha, displicente, a sogra preparava quitutes para todos.

O negócio estava ficando animado, porém em determinado momento a criança levantou do chão e repentinamente se desequilibrou. Para não cair a pequenina teve que apoiar rapidamente na perna do Paulinho.

Bem... não foi exatamente na perna que a criança se apoiou e, devido à situação, meu amigo estava “mais alegre” do que o normal e a pequenina estranhou aquilo...

- Vó!!! – Disse a garotinha apontando para a virilha do garanhão...

- Olha que ossão duro o Paulinho tem aqui!!!

Abraço

Fiel

Moscou, Daniel e Matheus


Putz... Vou ao jogo do Timão 01 vez a cada 02 anos. E como sou pé frio! Perder pro Atlético Goianiense é dose. Também, pela vibração da torcida durante a escalação, já se percebia que a coisa seria difícil.

Pior é que meu menino foi em dois jogos e nos dois tomamos bucha... 100% de desaproveitamento. Será outro corinthiano maloqueiro e sofredor. Graças a Deus!

Tudo bem, como digo sempre, valeu pelo evento! rsrsrs

 

Legal mesmo foi o bandeirão... show de bola.


Sente a vibe...


Abraço

Preparação para Acampamento - 1996

É pessoal... o acampamento começa bem antes da saída do quartel....



Abraço

Decoreba

Meu filho adora o desenho animado MISTUREBA. Nada a ver, mas lembrei da tal DECOREBA e consequentemente de que no Ginásio (nóóósssaaaa) tivemos que decorar o nome completo do tal do Dom Pedro.

Vc lembra? Então aki vai...

D. Pedro I do Brasil ou:

Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon


Na minha pesquisa ainda encontrei...


D. Pedro II do Brasil ou:

Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga

Abraço

Separados ao naicer (1ª Publicação)

Há alguns anos eu e meu amigo Sidnei iniciamos uma lista em que relacionávamos pessoas que conhecíamos e que se pareciam com celebridades. Após algum tempo esta lista ficou mais ampla e alguns foram comparados a desenhos animados. Depois relacionamos tb estranhos que lembravam amigos, e assim por diante. Antes da lista extraviar contava com mais de 100 nomes.

Anos depois, já na Pós-Graduação, meu amigo Alessandro teve outra ideia. Lembro que nas primeiras aulas não sabíamos o nome de ninguém, logo começamos a chamar os companheiros por apelidos e o ócio criativo nos levou a elaborar um Power Point dos "Separados ao nascer" do curso. Ficou excelente e o pessoal participou da brincadeira.

Na empresa em que trabalho temos várias "personalidades", tipo, Martinho da Vila, Dr. House, Carlinhos Aguiar, Iarley, Ross (Friends), Freddie Mercury Prateado, Mr Bean, Felipe Massa, Ribéry, Chris Rock e por aí vai.

Inicio a seção dos "Separados ao naicer" com uma homenagem ao meu amigo José Amari, que até no nome se assemelha ao candidato José Maria do PSTU:


É mole...

Abraço

Azeitonas na geladeira


Nossa família gostava de viajar para o litoral e, claro, eu preferia ficar em SP para desfrutar as famosas festinhas de minha adolescência.

Teve muita zueira e Rap no último volume (é eu ouvia Rap!), mas o que chamou a atenção pela manhã foi o estado da geladeira. Além dos desgraçados raparem tudo, deixaram de sacanagem dentro da geladeira o pote de azeitonas verdes apenas com a água e os caroços de azeitona boiando... tipo aqueles globos de neve que os americanos tanto gostam de colecionar. Minha mãe foi a loucura quando viu o estado em que a casa ficou...

Na bagunça estavam o Magrelo, Binho e Loriel... curiosamente estão todos mortos. Jovens e mortos.

Trágico, mas estas são outras histórias...

Abraço