Uma história de amor

Sidnei & Moscou
Contratamos um cozinheiro para nosso restaurante (Post: A Foto Perfeita) e desde o princípio tive minhas dúvidas quanto à masculinidade do rapaz, mas até aí, ele estava sendo contratado para ser cozinheiro e não como macho de plantão no Karaokê. Contudo, após algum tempo, ele se envolveu com uma de nossas atendentes e acabaram indo morar juntos.

Pra mim não foi o suficiente. Só isto não convenceu. Penso que “se o cara gerar dúvida... é viado!”. Costumo até brincar que “se um dia vc achar algo estranho em mim... é pq virei viado”. Simples assim. Meu sócio já não entendia da mesma forma e mantinha brincadeiras com o cara, tipo coisa de moleque, porrada, cócegas, etc...

- Sidnei... este cara é viado... fica esperto. – Eu dizia para ambos.

- Pára seu Alexandre... – Respondia o cozinheiro.

Veja bem, eu já não gosto de ficar encostando em homem, ainda mais um que “gera dúvida”, mas eles eram adultos. Eles que se fodam.

Uma vez o Sidnei pegou um espanador, daqueles coloridos que vendem na 25 de março, e tuchou na bunda do cara, brincando. O estranho foi que ao invés do cara pular pra frente, tipo “êpa!”, ele foi pra trás quase que sentando no cabo do utensílio, tipo “aiii!”.

- Não... nada a ver. O cara é casado! – Sempre justificava meu sócio.

E eu respondia seco ... – Viado!

Um dia a garçonete que casou com o cozinheiro fez um comentário curioso durante uma destas brincadeiras do meu sócio...

- Seu Sidnei... aconteceu um negócio com o TarcíLio que se o senhor soubesse... é melhor deixar pra lá...

Deu com os ombros, jogou o pano de prato no ombro e foi para a cozinha. Mesmo com a gente insistindo muito ela não contou do que se tratava. Como não me interessava, deixei de lado. Porém o destino decidiu que esta história não seria esquecida tão facilmente.

Meu sócio foi comprar uma cama em uma loja do Lar Center – SP, porém no momento de fechar o crediário foi constatado que ele “estava com o nome sujo”. Ele lembra que os vendedores até sacanearam ele...

- Ah... sei... o senhor não sabia? É... acontece...

O débito pendente era da Telefônica. Após alguns dias e muitas consultas ele descobriu o mal entendido. O tal cozinheiro, demitido pouco tempo antes, havia praticado estelionato contra ele. O malandro conseguiu o nº do CPF do meu amigo e cadastrou um telefone no nome do meu sócio, mas no endereço da casa dele. Após uns 3 meses e por volta de R$ 700,00 de dívidas pendentes, a Telefônica cortou a linha e protestou meu sócio. Foi então que eu trouxe a tona o antigo comentário da garçonete sobre o cozinheiro. Resolvemos chama-la num particular e exigimos que ela contasse o que havia acontecido no passado...

- Seu Alexandre... não tem nada a ver... eu tenho vergonha...

- Gláudia, vc vai ter que me contar... eu confio em vc, mas agora estou em dúvida. Vc não está envolvida nisto, né? Por favor, nos ajude.

- Tá bom... Sabe... É que outro dia eu e o TarcíLio estávamos no rala e rola e eu resolvi dizer pra ele se soltar, falar ou fazer aquilo que ele quisesse... e ele então, após relutar alguns instantes, gritou repetidas vezes...

- VEM SEU SIDNEI! ME COME GOSTOSO, SIDÃO!

Foto do Mestre Cuca TarcíLio
Abraço

Desculpem, mas decidi não divulgar os nomes verdadeiros dos funcionários envolvidos.



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