5 minutos de Segurança – Empregados desonestos


A honestidade ou desonestidade dos empregados dependerá da maneira como a Empresa se porta, e mais... se o Gestor pede para um funcionário fraudar, não será surpresa quando o empregado furtar.

O furto é o último sinal de desrespeito do empregado, e isto geralmente se mostra em comportamentos anteriores, pois quem furta provavelmente já se envolveu em desvios de conduta.

O furto cometido por funcionário é muito mais caro do que o valor dos bens furtados, bem como o ladrão interno é mais prejudicial do que o de fora da organização, pois o funcionário viola a confiança.

Um ladrão aprende a mentir antes mesmo de aprender a  furtar. Aliás, o funcionário que furta NUNCA é um “bom empregado”. Independentemente da carga de trabalho.

A ética do funcionário modera a tentação de  furtar, porém quase todo empregado que furta racionaliza a desonestidade. Sem este mecanismo a maioria dos funcionários não furtaria.

Funcionário ladrão acha que os demais furtam mais do que ele, independente do valor desviado. Além disto, ele não se considera desonesto. Para ele, de alguma forma, o patrão é o responsável.

Aplique a Tolerância Zero, por menor que seja o valor furtado. O furto é como um câncer: Se não for tratado, cresce e se espalha. 

Lembre-se: Ninguém é pego na primeira vez.

Para o furto ocorrer temos dois elementos críticos: a necessidade e a oportunidade. Não se engane: A necessidade depende do ponto de vista de cada um.

Sabe aquilo que chamam de Sexto Sentido? Confie no seu. O empregado mais próximo do furto é geralmente o que cometeu. Tenha cuidado com aquele que descobriu. Se a explicação não for boa, desconfie. Quando muitos suspeitam de alguém, geralmente existe uma boa razão.

Quem nega a culpa, mas quer devolver o valor, é culpado. Quem se desculpa geralmente é porque foi apanhado, assim como o ladrão aprecia uma segunda chance... para poder furtar novamente. E tem mais, quem sabe do furto e não denuncia é tão ruim quanto o ladrão.

Curiosamente as Empresas são mais ansiosas em detectar o furto/fraude ocorrida do que previnir, mesmo sendo muito mais barato evitar o problema.
 
Com uma melhor gestão, praticamente todos os furtos ou fraudes podem ser evitados, porém fracassa a Empresa que racionaliza ou nega a necessidade de controles. Entenda que tudo que a Empresa possue pode ser furtado.
 
Quer previnir furtos e fraudes? Não contrate ladrões. Investigue o histórico do candidato. Se ele furtou no emprego anterior, é razoável acreditar que ele furtará novamente.

Não existe solução mágica. Pratique a vigilância constante e diversificada. Divida as atribuições. Um assina, outro paga.

Inclua na Descrição de Cargos de TODOS os funcionários a responsabilidade na proteção dos ativos. A Segurança é responsabilidade de todos.

Sobre punições, cada caso é um caso. Busque a solução mais justa e inteligente. Entenda que o efeito dissuasivo de uma punição é muito menor do que você imagina.

Não acredite que a Justiça protegerá seus bens, investigará o furto ou apanhará o culpado. Você sabe o que é um buraco negro? É só entregar seu caso de furto ou fraude ao Tribunal de uma Metrópole que você passará a entender.

Se a única punição do empregado for a demissão, o produto do furto será um prêmio. O empregado com remorso hoje, será o rancoroso amanhã. Busque sempre a demissão, o processo legal e a restituição do valor furtado.

Se o funcionário desonesto pedir demissão, aceite e evite o desejo de ser vingativo, e tenha em mente que quanto mais difícil o processo de restituição pelo furto, melhor alvo a Empresa se torna.

Fonte: Protection of Assets(POA), Security Management book, Chapter 6 - Appendix B - 50 Honest TruthsAbout Employee Dishonesty - ASIS International, 2012, developed by StevenKirby, CFE, Kirby and Associates



2 comentários:

Unknown disse...

Muito bacana seu texto Moscone. A gente fala, fala, mas como é difícil "ser ouvido" rapaz! Grande abraço, sucesso!

Alexandre Moscone, CPP disse...

Opa, Martins... vida de Seg é dose! KKKKK

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