Campos, Bucci, Daminelo, Moscone, Takahashi e Carpi - 1991 |
O Curso de Engenharia do CPOR (Ver posts Hora da Tora ou opções 1 e 2) tradicionalmente realiza uma viagem anual para conhecer uma Unidade Operacional de Engenharia do EB. A referida instalação, coincidentemente, fica no sul do país, Santa Catarina, especificamente em Blumenau... e a visita ocorre no mês de outubro... época da Oktoberfest. Pq será? Chato, né? Nesta batida, o Curso de Infantaria pleiteou tb junto ao Comando uma viagem de longa duração, e o Estado escolhido, ou o que deu pra conseguir, foi o RJ.
Infelizmente não tivemos a mesma sorte dos amigos Engenheiros e nos vimos obrigados a seguir os preceitos Militares durante toda a visita. Os itinerários focavam basicamente em Unidades Militares (Ver post Torrequedismo, Marinha, etc.) e os instrutores do Curso não pareciam encarar a viagem nem mesmo com uma remota possibilidade de divertimento. Pra se ter uma idéia o uniforme Militar (3º D2) foi obrigatório durante toda a nossa estadia. Até mesmo na praia de Copacabana fomos fardados. Nesta, só de birra, entrei na areia de sapato mesmo, só para dizer que tinha pisado nas praias do RJ... foi patético.
Como era a 1ª vez que eu deixava o Estado de SP, pra mim foi tudo muito bom, tudo muito lindo. Num dos raros passeios “civis” que realizamos, como não podia deixar de ser, envolvi-me numa situação inusitada...
Como era a 1ª vez que eu deixava o Estado de SP, pra mim foi tudo muito bom, tudo muito lindo. Num dos raros passeios “civis” que realizamos, como não podia deixar de ser, envolvi-me numa situação inusitada...
No Curso de Infantaria, durante os acampamentos, costumávamos sacanear muito a galera antes de dormir e os “pontos focais” da bagunça eram sempre os Alunos Matta e Moscone. O Matta costumava cantar um medley do Roberto Carlos, tipo aqueles que o Village People costuma fazer. Ele pulava repentinamente de uma musica para outra, mixando com a boca, tipo de “Meu carro é vermelho... para “Jesus Cristo” e assim por diante... muito hilário. Tentei fazer isto algumas vezes, mas não era a mesma coisa. O cara mandava muito bem. Ele tb costumava falar em inglês, porém o texto era composto somente por nomes de marcas famosas, frases ou músicas, tipo... “Let’s go Nike Air Just do it being boring pet shop boys with you” e assim por diante…
Eu tb cantava pra sacanear, mas preferia diversificar as músicas e para isto escolhia vários idiomas. Começava com o tradicional Inglês, passeava por algumas canções Italianas, sacaneava com um pouco do “El Mariachi” Mexicano e finalizava com uma bela canção francesa. Não que eu falava estas línguas, longe disto, é que minha família possuía vários discos (LP) e nós ouvimos as mesmas músicas repetidamente durante anos a ponto deu decorar várias delas, e com muita qualidade linguística, diga-se de passagem.
As vezes o disco estava riscado, e para não perder o compasso, eu tb imitava as falhas que ouvia, tipo, “ne me quitte pa, pa, pa”... dava um tapinha na cabeça e continuava. Até hoje sacaneio com esta minha “habilidade” e atualmente conto até com o idioma japonês no meu repertório, treinamento este remanescente ainda da época de Karaokê (Ver posts A Foto Perfeita ou opções A, B e C). A bagunça no acampamento só parava quando o restante dos Alunos decidia aplicar um “chá de manta” em nós dois. Algumas vezes nem isto resolvia...
As vezes o disco estava riscado, e para não perder o compasso, eu tb imitava as falhas que ouvia, tipo, “ne me quitte pa, pa, pa”... dava um tapinha na cabeça e continuava. Até hoje sacaneio com esta minha “habilidade” e atualmente conto até com o idioma japonês no meu repertório, treinamento este remanescente ainda da época de Karaokê (Ver posts A Foto Perfeita ou opções A, B e C). A bagunça no acampamento só parava quando o restante dos Alunos decidia aplicar um “chá de manta” em nós dois. Algumas vezes nem isto resolvia...
Voltando para a visita ao RJ...
Em uma das raras vezes em que pudemos desviar os olhares das instalações Militares para as belezas do RJ, decidiram que conheceríamos o Pão de Açúcar. Já dentro do bondinho, percebemos que havia um grupo de franceses nos acompanhando e...
- Aí Moscone... cê não fala que é fudidão? Que sabe cantar em francês? Canta aí agora! – Desafiou um dos meus companheiros...
- Eu canto mesmo! – E automaticamente balbuciei o refrão da única canção que sabia de cor... a tal da “Ne me quitte pas” (Não me deixe). Sim... ela já era bem famosa antes da série "Presença de Anita" da Globo...
O grupo francês percebeu que eu “falava” sua língua e rapidamente se voltou para nosso lado. Estavam em umas 4 pessoas...
- Excusez-moi. Vous parlez français? Cette chanson est belle! S'il vous plaît chanter un peu plus! – Disse um dos franceses.
Não sei vcs, mas pra mim ele quis dizer “Morena linda” em Holandês, ou seja... entendi necas de pitibiriba!
- Fudeu! Peraí chegado... eu não entendo esta porra que cê tá falando aí não! – Respondi todo embaraçado para aqueles descendentes de Napoleão.
Por sorte um dos Alunos presentes falava inglês e conseguiu se comunicar com os franceses. Elucidou o impasse e...
- Moscone... eles querem que vc cante assim mesmo. – Disse meu amigo com um sorriso sacana.
- Donato... eu não vou pagar este mico... vai que eu falo um palavrão no meio da música... eu nem sei o que eu tô cantando... vai dar merda...
Mas não teve jeito... uma francesa que fazia parte do grupo pediu com tanto jeitinho que eu sucumbi aos seus anseios e acabei soltando a voz...
Ao término da canção... aplausos dos turistas franceses, perplexidade de mais alguns outros que estavam presentes, gargalhadas dos meus amigos e... assunto para toda uma vida.
Abraço
Marcadores: Exército
2 comentários:
Que memória hein Moscone!!!
Lembro do Matta e seus medleys edos passeios em trajes militares num calor infernal. E aquele navio minúsculo que levou o pessoal da FEB?
Fantástica a lembrança.
Abraços,
Emerson
É Emerson... o pessoal do CPOR é mesmo diferenciado. Acho q temos q nos esforçar para juntar a turma e relembrar as merdas q fazíamos! Hahahaha
Abraço
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