De pé: Silvestre, Eulálio, Bucci, Franco & Veri Agachados: Carpi, Varga, Moscone & Pacheco |
No meu ano de CPOR, além do estágio obrigatório que deveria ser realizado em alguma Unidade do EB, resolveram criar o tal do EPOT: Estágio de Preparação de Oficiais Temporários, ou algo do gênero. Antes deste, ocorre o Estágio Obrigatório, que tem duração de um mês, sendo realizado no ano seguinte ao ano letivo do CPOR, sempre em fevereiro. O EPOT segue a mesma linha e ocorre no final do mesmo ano, em meados de outubro e com período aproximado de quatro meses. Como era o primeiro ano de aplicação deste novo sistema, os instrutores do CPOR não sabiam muito bem o que fazer com o bando de Aspira, e então decidiram que as instruções seriam ministradas pelos próprios Aspirantes, uma espécie de treinamento... peraí... isto não podia dar certo. Todo Militar sabe que Aspirante é a imagem do Demônio!
Em cima do tripé |
Nos primeiros dias o negócio até que foi bem, porém com o passar das instruções somente o Palestrante acabava se interessando pelo assunto, já que seria cobrado posteriormente pelo que estava ministrando e o restante teria mesmo que "papirar" o que era ministrado, logo, começamos então a "ensarilhar" ("cagar e andar" no Miliquês) para as aulas, porém sempre sob o olhar atento do Aspirante Ribeiro...
- Atenção! Vcs ficam zuando... o Major está na janelinha da sala fiscalizando! Ele vai punir todo mundo! – Dizia ele todo encagaçado... aliás, até hoje não sei se ele estava é zuando com a cara da gente...
- Vai se fuder Ribeiro! – Alguém logo gritava...
Bom... um dos Aspirantes resolveu levar o negócio mais a sério e ameaçou entregar o grupo caso não colaborássemos com sua instrução. Como ele pareceu estar falando sério, resolvemos pegar leve.
O cara se preparou mesmo para aquela palestra, mas isto não quer dizer que ela deixou de ser chata. Lembrem-se que havíamos prometido que "pegaríamos leve" e não que prestaríamos atenção ou que participaríamos da instrução. O pessoal estava quase dormindo e o Aspirante Carpi lá, todo empolgado e explicando o procedimento de tiro, montagem, nomenclatura e tudo mais, do morteiro 120 ou 4.2, como queiram (Um tem alma lisa e o outro, raiada). De repente...
- Pessoal, este aparelho é o GONIÔMETRO BÚSSOLA e esta parte aqui chama-se Luneta...
- Opa! Carpi! Eu tenho uma pergunta! – Gritei de bate pronto...
O pessoal se assustou e até se ajeitou na cadeira... provavelmente pensando que o Major aparecera na janelinha...
Lembro de alguém ter comentado... “Lá vem merda!”.
O pessoal se assustou e até se ajeitou na cadeira... provavelmente pensando que o Major aparecera na janelinha...
Lembro de alguém ter comentado... “Lá vem merda!”.
- Vc sabe porque isto aí chama Luneta? – Indaguei o preparado instrutor... e o silêncio então tomou totalmente conta da sala...
Ele refletiu alguns segundos... pensou... percebia-se que ele realmente havia estudado aquele troço... porém, nada!
- Desculpe, Moscone... eu não encontrei nenhum comentário sobre a Luneta no material que consultei, mas é óbvio que vc sabe, não é? – Retrucou, meio que desolado e sob o olhar atônito dos demais Aspirantes...
- Sim eu sei. Chama-se Luneta, porque se eu enfiar no teu cú você verá estrelas!
Abraço
Marcadores: Exército
2 comentários:
Eita! Bons tempos... EPOT foi engraçado. "Major na janelinha" e a "luneta", eu já tinha me esquecido... fiquei tempão rindo aqui sozinho... kkkkk
Realmente bons tempos eu tomando um corre do queixada pq não contei a barra do peixe dele....Mtv na nota depois F....
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